Foi um daqueles dias de aeroporto, em que ficamos o dia todo a receber os participantes de um congresso que chegam em vôos diferentes. As últimas chegadas custam sempre um pouco mais porque, após 10 horas em pé de braço estendido a mostrar o cartaz, já todos os músculos doem! Esperava os últimos vôos, perto das 23h/00h. A essa hora o aeroporto está bem mais calmo. Esses vôos chegam sempre com menos gente e penso que as pessoas têm a iniciativa de voltar para casa de táxi, para que familiares e amigos estejam já no conforto de casa e não necessitem de sair. Por norma não há muitos colegas também "na espera". Nessa noite eu era a única guia, mas estavam ainda uns 4 ou 5 motoristas à espera dos seus clientes. Um deles segurava o cartaz que dizia: Senhor X. Quando ficamos horas na espera é impossível não observar as pessoas e não fazer comentários: a roupa, as pessoas, a reacção, qualquer coisa. A certa altura sai uma mulher: alta, com um corpo escultural, um peito daqueles que certamente os homens gostam, cabelo comprido, roupa muito bem escolhida. Os motoristas de imediato reagiram! Confesso que seria impossível não o fazerem! No meio dos comentários cheios de piropos e a indagar-se se haveria alguém à espera dela... ela pára... observa... estende o braço... aponta o dedo... e diz: "Senhor X, sou eu!" o silêncio misturado com o nervoso do riso foi... INDESCRITÍVEL!
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