Quando os portugueses chegaram ao Japão a meio do séc XVI, levaram com eles a religião, objectos e hábitos alimentares.
Hábitos que ainda hoje perduram e que se misturaram com a gastronomia japonesa, como por exemplo a tempura, o pão, os fios de ovos, a castella...
A castella, que nós conhecemos como o pão de ló, era considerado um produto de luxo, pois o acúçar era muito caro, na altura, no Japão.
Em 1571 foi fundada a cidade de Nagasaki para servir de ponto comercial com os ocidentais. Devido à forte presença portuguesa, apareceram aí inúmeras casas onde se fabricava a Castella. Algumas dessas casas encontram-se ainda abertas, sendo consideradas dos melhores locais para degustá-la.
A origem do nome - Kasutera, que pronunciamos castella - é uma incógnita e existem várias teorias para tal, sendo a mais famosa a de que o nome vem do facto do bolo ser preparado com claras em castelo.
Ao longo do tempo a Castella foi sendo alterada e adaptada ao gosto japonês, tanto no paladar como na apresentação (por exemplo, hoje é vendida em caixas rectangulares), mas nunca esqueceram que a origem é portuguesa.
Nos casamentos há a tradição de se oferecer Castella.
A Castella são os quadradinhos do lado direito, aqui provamos a tradicional, mas têm também a opção de chá verde e chocolate. À esquerda estão os brioches recheados com manteiga e com feijão azuki.