Uma das coisas boas desta profissão é poder ir mudando de funções, ora estamos a fazer visitas guiadas, ora a dar informações ao grupo na hospitality desk, ora a coordenar refeições ou a receber o grupo no aeroporto.
Quando o grupo é pequeno, a espera no aeroporto é também rápido. Chegam todos no mesmo vôo e, voilá, vamos embora.
Mas quando estamos a falar de eventos com centenas de pessoas tudo muda. Os participantes vão chegando ao longo do dia, os vôos seguem-se uns aos outros, são carros, autocarros, guias e motoristas para gerir, uns participantes falam inglês, outros francês, outros italianos, outros russo ou chinês, e as horas vão passando em azáfama contínua.
Lembrei-me de um dia em especial que comecei às 05h00 e terminei às 23h00!
Durante todo este tempo sentei-me 40 minutos, e não, não estou a exagerar.
A cereja no topo do bolo foi o tradicional atraso do último vôo, aquele que vamos olhando já desesperadamente para que aterre e que depois assinala - atraso, e que depois a pessoa perde a mala e tem de fazer a reclamação e que depois ainda repara que esqueceu o seu passaporte quando estava a fazer a reclamação... e nós ali a tentar manter o sorriso, já seguro por um fio, porque claro, a pessoa não tem culpa!
Um brinde aos dias de aeroporto! E às meias de descanso!