É impossível não soltar um "oh" quando observamos a paisagem da Costa Nova do Prado com as suas casas coloridas de riscas verdes, vermelhas, azuis e amarelas.
Num fundo de céu azul, com o brilho do sol, a marginal desta praia vibra como uma paleta de cor!
Que casas são estas?
Até aos finais do século XIX, este era um lugar totalmente desabitado, é apenas após a fixação da Barra do Porto de Aveiro que os pescadores de Ílhavo aqui se instalam.
As casas são oficialmente chamadas "Palheiros da Costa Nova"- construídas por pescadores, serviam para guardar só e apenas material de pesca, daí que não fosse necessário mais que uma divisão.
Na segunda metade do séc. XIX começa o hábito de "ir à praia" e altas figuras da sociedade vêm a banhos a Ílhavo. Assim, os Palheiros passam de armazéns a casas de habitação dos homens do mar, que muitas vezes, no Verão as alugam às gentes citadinas.
Remodelam-se as habitações, criam-se divisões e por vezes um segundo andar.
Por volta de 1874, era tanta a vida na Costa Nova que, além de regatas, havia espetáculos em várias salas de teatro, exposições, palestras e salões com festas e bailes. Escritores, parlamentares, gente da alta sociedade mandava construir novos palheiros, como por exemplo o Palheiro de José Estêvão, parlamentar que convidava Eça de Queirós, Guerra Junqueiro ou Oliveira Martins a passar aí temporadas.
Hoje a Costa Nova do Prado ainda vive da pesca, mas muito também do turismo.
Planeiem um passeio diferente e rumem até à Costa Nova do Prado, cujo nome surgiu para distinguir esta nova povoação piscatória da antiga, ou seja, da zona da praia de São Jacinto – que, até então, era usada pelos pescadores.
“Prado” é acrescentado ao nome, pois à volta existia um local muito verdejante.
Sabemos que a gastronomia local prima pelo peixe e marisco e que praticamente todos os restaurantes oferecem um prato vegetariano, mas queremos deixar uma sugestão para os nossos leitores Vegan - o Restaurante Musgo.
Bom Passeio!
Fotografias de Ida Pinheiro