No Largo de S. Julião, no edifício onde outrora funcionou a Igreja de S. Julião, encontra-se o Museu do Dinheiro, aberto de Quarta a Sábado, das 10h00 às 18h00 com entrada livre.
A primitiva Igreja de S. Julião, destruída pelo terramoto de 1755, encontrava-se noutro local, mas foi reconstruída neste largo como símbolo do local onde estivera a Patriarcal de D. João V, também ela arrasada pela catástrofe. A reconstrução foi concluída em 1802. Catorze anos depois, um incêndio destruiu o recheio do templo, que teve de sujeitar-se a novas obras. Em 1910, o Conselho Geral do Banco de Portugal decidiu comprar a antiga Igreja de São Julião e os seus anexos, devido ao crescimento do Banco e em 1933 foi celebrada a escritura de compra e venda do edifício, altura em que a igreja foi dessacralizada.
Em 2007 começa o restauro e a recuperação do que hoje é o Museu do Dinheiro.
Surpreendeu-me muito este lugar. Deixo-vos como sugestão para este dias de frio e chuva, acreditem, pequenos e graúdos vão divertir-se.
O fascínio começou na recuperação da própria igreja, há uma integração do edifício religioso com a modernidade museológica que não contrasta nem arrepia. Tudo flui e faz-nos querer espreitar, observar, percorrer os corredores.
A curiosidade continuou quando o bilhete é parte integrante das exposições, pois entre as coleções de moedas, notas, objectos da história do dinheiro em Portugal e no Mundo, há lugar para accionar inúmeros jogos e videos com o código de barras.
O momento mais cómico foi poder levantar uma verdadeira barra de ouro! Sim, é pesada.
Mas, os meus olhos brilharam quando pude ver parte da Muralha de D. Dinis, uma estrutura defensiva do século XIII e uma maquete que mostra a modificação do bairro com o terramoto de 1755.
Eleito o melhor museu nacional em 2017, não desilude. Não fiquem presos à simples ideia de "dinheiro" e de tantas elações que possam fazer daí, aqui aprende-se história, arquitetura e economia. Serão umas horas bem passadas.
Bom passeio.