Querer caminhar com os nossos pés num determinado lugar, querer tocar com as nossas mãos, querer olhar mesmo lá com os nossos olhos, querer sentir os aromas, querer ouvir os burburinhos, querer estar lá porque só lá é que se entende mesmo - isto é para mim parte do que significa viajar.
Sei que a minha profissão não terminou, está em mudança e isso só pode ser bom, porque até ao dia de hoje o mundo esteve sempre em mudança e a realidade da nova geração nunca foi igual à da antiga.
"Não são felizes. Não vão viver o que vivemos". Vão sim, serão sim e viverão as suas maravilhosas descobertas, do mesmo modo que eu vivi as minhas e que os antes de mim viveram as suas.
No tour das lojas históricas deparo-me com esse sentimento, o antes, o agora, o depois e como em tudo na vida, o que perdura é o que nos importa, é aquilo pelo qual lutamos e quando for preciso transformar, assim será.
Mas os antigos não foram mais felizes que eu, e nem o futuro será pior que o agora.
Quando ficamos presos aí, na queixa, na comparação, no saudosismo é que as coisas deixam de ter graça.
E hoje fico feliz porque tive um pedido para fazer este tour de modo virtual. Vamos lá à aventura.
E sim, tenho a certeza que assim que for possível, estes turistas virtuais irão chegar a Lisboa e entrar nestas lojas para completar o que irão receber pelo écran.
"ateiadaguia
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